A Chegada/ Arrival diferente e conquista.
De inicio nos é apresentada cenas em um cenário comum, onde percebemos o personagem de Amy Adams (Dr. Louise Banks), com sua filha moribunda e as cenas podem nos confundir se é a realidade ou um pensamento.
Em seguida chegamos ao título do filme, eis que 12 espaçonaves estão estrategicamente em 12 pontos da Terra, imensas e flutuam no ar, não estão pousadas… Algo inusitado.
Com difícil comunicação, Forest Whitaker (GT Weber) militar, procura a dra Louise, ela por ser uma renomada linguista, lhe é mostrado um áudio, mas sua tradução é impossível.
Mais tarde, os militares chegam a casa da dra Louise, já ela sendo da equipe (algo imposto) e vemos o cenário completo da equipe de ufólogos, pesquisadores, todos encarregados de conseguir algo que lhes dê respostas…
Pois os (visitantes), não se comunicam.
E os militares do mundo querem respostas, o que eles querem?
Vão nos atacar? São nossos inimigos?
Já apresentada a sua equipe a Dra Louise tem como aliado o físico Ian Donnelly (Jeremy Renner), alguém que está no mesmo patamar intelectual e os dois tem a mesma crença: Eles não estão em missão de guerra.
Em cenas bem típicas de ficção, vimos um cenário novo, já a equipe com os visitantes, separados por um vidro, sendo o local (a espaçonave) imenso…
Em sua entrada é algo para cima… E a câmera nos dá ângulos ricos, que nos prende a cena, e faz nos atentos ao primeiro contato com os extraterrestres.
Já a equipe a postos, eles chegam… Dois deles, imensos, diferentes de todas as versões feitas de alienígenas… Parecem imensos troncos, árvores…
E nas primeiras “entrevistas” da equipe com eles a missão quase sem sucesso na comunicação.
Sob pressão a Dra Louise se arrisca e tira todo o equipamento de proteção, acreditando ela, que eles precisam vê-la, e em seguida Ian “físico” também o faz.
Os dois obtém sucesso e conseguem se apresentar em seus nomes e em resposta, os alienígenas também se apresentam, em seu idioma (desenho, círculos), aos quais eles ganham nomes… Dados por Ian.
E percebemos no decorrer que a Dra Louise tem uma ligação profunda, quase telepática com os visitantes, entre sonhos futuristas, visões e quase uma amizade protetora da Dra.
Em contrapartida os militares do resto do mundo, acham em suas conclusões errôneas que os alienígenas querem guerra, pois em uma das traduções falam: Tem arma.
E outras entrevistas acontecem não muitas e num ímpeto que nos dá a achar que eles são hostis, uma explosão acontece… E a equipe se assusta…
O que querem?
Mas não são amigos?
Mas Dra Louise não desiste e já com a missão dela cumprida e equipe dispensada, ela novamente se arrisca e vai ao encontro da nave, que se encontra mais suspensa ainda, sendo impossível o acesso.
Mas eis que a cena nos prende: A nave aterrissa para fácil acesso da Doutora.
Chegamos ao ápice da trama ficção, e o contato é 100%, os alienígenas conversam, mas só um deles, pois que o seu amigo se encontra enfermo.
E Louise consegue vislumbrar o que querem, quem são, e mais uma vez as visões se confundem, passado, presente e futuro…
Mas a ordem é ataca-los!
Os militares dos outros países acreditam que estão corretos, que eles são hostis…
E 18 meses se passam e Louise está em um evento para os que fizeram história… E uma surpresa: Um dos chefes de estado vai ao seu encontro e diz: Só estou aqui para conhece-la, jamais vou esquecer aquela sua ligação.
E a dra fica sem entender, mas as cenas voltam e vimos o que aconteceu em seguida do ultimo contato da dra com os seus amigos alienígenas.
Não é guerra, é sabedoria, conhecimento…
Eles já estavam aqui a muitos milhões de anos e nos mostram o futuro.
Percebemos o tempo todo o elo da dra com eles, é quase tudo por ela, a vida dela, todo o cuidado…
Vale conferir, não vemos guerras, hostilidades, vemos como é importante a comunicação entre os povos, à importância de saber interpretar os sinais nada conhecidos.
Muito inteligente e com um cenário imenso… Uma espaçonave que se desvanece em seu habitat..(todas desintegram-se), sem deixar nenhum vestígio delas.
Nota:8,5
Considerações: Com um trio de atores Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker, muito conhecidos de todos nós e Direção Denis Villeneuve , A Chegada, chega para ficar entre nossos mais novos filmes para vermos sempre.
Um filme de ficção científica, sem o lado negro dos filmes que envolvem aliens, não vemos mortes, combates, nada que nos cause o frisson.
Com uma fotografia elegante, cenários imensos e uma espaçonave jamais vista, o filme nos prende, pois a cada cena, ficamos pensando: Qual será a hora que eles vão exterminar a todos?
Mas a mensagem é de comunicação, unificação, amizade.
Crítica por Sanny Soares
Distribuição Paramount Pictures
Sanny Soares é editora chefe e fundadora do Cidade da Mídia, fotógrafa, artista plástica e crítica de cinema.
Foi colunista da Revista Canal e do jornal O Campista.
Como fotógrafa é membro do renomado site Olhares e Fine Art Portugal.
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