“O Olho de Vidro” direção de Vera Holtz, Guilherme Leme Garcia e Flávia Pucci.
“Eu queria fazer uma peça onde houvesse redenção na relação de um pai com o seu filho”.
Charles Asevedo
Vera Holtz, Guilherme Leme Garcia e Flávia Pucci criam monólogo/depoimento
“O Olho de Vidro”
Texto inédito de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “O Olho de Vidro do Meu Avô” de Bartolomeu Campos de Queiroz estreia dia 16 de março no Centro Cultural Correios.
Foi durante uma viagem a Belo Horizonte que o ator Charles Asevedo conheceu o autor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. Um tempo depois, encontrou entre sua extensa e premiada obra literária o livro “O Olho de Vidro do Meu Avô”, publicado em 2004. Estava ali uma história que o inspirava a subir nos palcos, mas seu desejo ia além, pois as memórias do livro remetiam diretamente às suas próprias memórias de vida. Foi então que convidou os atores Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia para repetirem a dobradinha do premiado espetáculo “O Estrangeiro”, e eles resolveram convocar a autora Renata Mizrahi para escrever essa conexão entre a vida do Charles e a história do Bartolomeu. Em seguida, a atriz Flávia Pucci foi chamada para integrar o time de criadores numa direção coletiva que marca o olhar de três atores de formações diversas sobre o trabalho de um único ator em cena.
A peça, na primeira pessoa, é um relato sobre infância, relação com avô, descoberta da sexualidade, relação de opressão com o pai e de amor incondicional pela mãe. As histórias do livro e da vida do Charles se misturam numa criação poética, ficcional e documental. Não existe um limite entre ficção e realidade. O ator começa seu depoimento acreditando que foi sempre pela metade e passou a vida buscando ser inteiro. É através dessa busca que vamos conhecer suas memórias de infância, suas relações familiares delicadas, suas descobertas de vida até chegar ao que se tornou hoje.
Como diz Bartolomeu, “A memoria é um grande patrimônio que a gente tem. A memória é o que eu tenho de mais precioso. Mas é preciso também saber que na memória tanto mora o vivido, quanto mora o sonhado. Mora a vida que eu vivi. E mora a vida que eu sonhei viver. Então quando você busca a memória, ela vem sempre misturada. Ela não vem pura. E é impossível ter uma memória pura, a memória é esta mistura, esta conversa entre a realidade e a fantasia”.
“O Olho de Vidro” foi contemplado no prêmio Myriam Muniz 2015 e estreia dia 16 de março no Centro Cultural Correios, onde fica em cartaz de quinta a domingo às 19h, até o dia 30 de abril.
Com trilha sonora de Marcelo H, cenário e luz dos premiados Aurora dos Campos e Tomás Ribas, a peça é uma comédia dramática que fala poeticamente de um olho que vê e outro que imagina.
Sobre o escritor Bartolomeu Campos de Queirós
Nascido em 1944 na cidade de Pará de Minas (MG) – fato que não gostava de falar abertamente, viveu a infância em Papagaios (MG). Com mais de 40 livros publicados (alguns deles traduzidos para inglês, espanhol e dinamarquês), formou-se em educação e artes, e criou-se como humanista. Cursou o Instituto de Pedagogia em Paris e participou de importantes projetos de leitura no Brasil como o ProLer e o Biblioteca Nacional, dando conferências e seminários para professores de leitura e literatura. Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado/ Palácio das Artes e membro do Conselho Estadual de Cultura, ambos em Minas Gerais, sendo também muito convidado para participar de júris e comissões de salões, além de curadorias e museografias. É autor do Manifesto por um Brasil Literário, do Movimento por um Brasil literário, do qual participava ativamente. Por suas realizações, Bartolomeu colecionou medalhas: Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres (França), Medalha Rosa Branca (Cuba), Grande Medalha da Inconfidência Mineira e Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais). Recebeu, ainda, láureas literárias importantes, como Grande Prêmio da Crítica em Literatura Infantil/Juvenil pela APCA, Jabuti, FNLIJ e Academia Brasileira de Letras. E Visitou a casa de Genívia de Jesus Moreira. Faleceu em 16 de janeiro de 2012, na cidade de Belo Horizonte.
Sobre a autora Renata Mizrahi
Nascida em 1979, no Rio de Janeiro, estudou Artes-Cênicas na UNIRIO, Dramaturgia para Novela na Oficina de Autores da Globo e Cinema na EICT em Cuba (Escuela Internacional de Cine e TV).
No Teatro: é vencedora do Prêmio Shell 2014 por “Galápagos”, direção de Isabel Cavalcanti. A peça foi lida em novembro de 2015 em Nova York através do evento “Contemporary Theatre From Brazil at the Martin E. Segal Center” na Cuny University. Por Galápagos também foi indicada ao Prêmio Cesgranrio 2014 por “Galápagos” e ao Prêmio APTR 2014. Ganhou os prêmios Zilka Salaberry de Melhor Texto em 2012 e 2010, pelas peças “Coisas que a gente não vê”, direção de Joana Lebreiro e “Joaquim e as estrelas”, direção de Diego Molina. Em 2016 foi indicada a melhor texto no Prêmio de Teatro Infantil por CBTIJ “Marrom – nem preto, nem branco?” e no Prêmio Botequim Cultural e melhor texto adaptado nos mesmos Prêmio por “Ludi Na Revolta da Vacina”, que fez adaptação do livro de Luciana Sandroni e assinou a direção.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Renata Mizrahi – Livremente inspirado no livro “O Olho de Vidro do meu Avô” – de Bartolomeu Campos de Queirós e nos relatos de Charles Asevedo
Criação Artística: Vera Holtz, Guilherme Leme Garcia e Flávia Pucci
Idealizador e Ator: Charles Asevedo
Iluminação: Tomás Ribas
Cenário: Aurora dos Campos
Trilha Sonora: Marcelo H
Assessoria de imprensa: Minas de Ideias
Direção de Produção: Valéria Alves
Produção: Sevla Produções
SERVIÇO:
O OLHO DE VIDRO
Local: Teatro Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ – (21) 2253-1580
Temporada: 16 de março a 30 de abril
Horários: Quinta a Domingo, às 19h
Valor: R$ 20,00 (Inteira) R$ 10,00 (meia)
Bilheteria: Quarta a domingo – 15h às 19h
Duração: 60 min.
Classificação: 12 anos
Gênero: Comédia dramática
Capacidade: 200 lugares
foto de capa: Crédito Tiago Ristow
Assessoria de Imprensa
Minas de Ideias Comunicação Integrada
Carlos Gilberto e Fábio Amaral
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