Annabelle 2 – A Criação do Mal”, superior ao primeiro/ Crítica
Quem conferiu Annabelle em sua primeira (aparição, 2014) pode não ter ficado muito satisfeito com a boneca do mal, mas David F. Sandberg (Quando as Luzes se Apagam) foi inteligente ao nos contar o início do nascimento desse ser que nos causa tanto medo e repulsa em Annabelle 2- A criação do Mal.
O próprio título entrega o teor da trama macabra, na pele de uma menininha de quatro anos, Abelhinha (Samara Lee) que em suas primeiras cenas mostra uma família feliz e comum.
Mas o infortúnio acontece e podemos falar do antes/depois do acidente fatal.
Os anos correm e os pais de Abelhinha recebem meninas órfãs de um orfanato, como uma boa ação ou uma penitência.
Em um ambiente pesado e triste, elas tem em seu anfitrião Samuel Mullins (Anthony LaPaglia, O Cliente) quase que um distanciamento gritante, do tipo: Podem andar pela casa e usar os quartos como bem entenderem.
Não me importo! (Não com essas palavras, rs)
E tudo concorre para a felicidade das órfãs e a Irmã Charlotte (Stephanie Sigman) responsável por elas, mas o obscuro começa a se manifestar e uma entre o grupo se torna para esse mal bem interessante.
Janice (Talitha Bateman) a menina carente e sensível a cada dia fica mais intrigada com o que aconteceu na casa, a história triste dos pais que perderam a filha tão cedo e a boneca bem estranha…
E sua curiosidade em entrar no quarto proibido…
Lugar esse trancado, mas que por encanto de Annabelle abre a cada visita desejada da menina Janice.
E o mal não faz nenhuma cerimônia ao entregar o jogo (intenção) de querer possuir a alma da boa garota.
Cena esperada! Sem grande surpresa…
Em uma sequencia de fuga Janice tenta escapar da boneca maligna, junto a sua dificuldade de se locomover, ficamos nós na torcida pelo bem.
E o mal vai se deixando perceber também entre as outras meninas, e um medo invisível começa a dominar…
Linda (Lulu Wilson) a quem Janice considera melhor amiga, e desconfiada da boneca Annabelle, a quem atribui todos os acontecimentos com Janice, não se deixar enganar e se tenta dar um fim naquilo, a quem ela considera maligna…
Temos sequências de dar medo e uns bons sustos…
Temos o poço, temos o porão, afinal é uma casa imensa, onde o terror faz a festa.
Um espantalho dê dar arrepios.
O mistério em torno da Sra. Esther Mullins (Miranda Otto, Voo da Fênix) que vive em seu quarto presa em sua cama, a quem não se ouve nem a voz…
Causando nas meninas, muita imaginação fértil, a quem dizem ter um rosto de louça…
O destaque da franquia é Linda, que rouba algumas cenas e bem importantes.
A quem atribui toda a maldade vinda da boneca e a quem sabe que o mal mora naquele lugar.
A esperta menina em uma conversa conta a Samuel Mullins que Janice encontrou a boneca e este com o crucifixo em punho e atordoado vai de encontro à própria…
Cenas fortes…
Em uma reação quase de revolta pelos últimos acontecimentos Irmã Charlotte entra no quarto da Sra. Esther Mullins e lhe exige explicações.
E como em uma sequência de flashes do passado, é relatado para a irmã, toda a origem do mal e como ele dominou aquela família.
Como nas batalhas o mal não deixa que escapem dele e a trama usa o mesmo argumento.
A inimiga, a menina Linda e a irmã Charlotte.
Considerações:
Annabelle 2-A Origem do Mal/ Annabelle Creator
É a história que antecede Annabelle e não o seu segmento, o surgimento e a causa de todo o mal vindo de uma boneca, antes fofa dominada pelo espírito de uma menininha que nada tem com Abelhinha, a filha dos Mullins.
Como em todos os filmes de terror sobrenatural onde não dá certo ressuscitar os mortos, deixemos que descansem em paz… O ser que volta é oriundo do Inferno e nele toda a maldade existe.
Em duas cenas quase que breves foi mencionada a “freira”, figura que atormenta Lorraine Warren (Vera Farmiga) em The Conjuring 2/ Invocação do Mal 2, a personagem é investigadora paranormal.
Caso verídico.
A franquia é recheada de sustos e cenas esperadas, superior ao morno Annabelle.
Gênero: Terror, Mistério, Suspense
Nota:8,05
Não saiam da sala após os créditos finais da franquia
Por Sanny Soares/ Rio de Janeiro/ Critica
Sanny Soares é editora chefe e fundadora do Cidade da Mídia, jornalista, fotógrafa, artista plástica e crítica de cinema.
Em seu curriculum passou pela Revista Canal e o jornal O Campista.
Como fotógrafa é membro do renomado site Olhares e Fine Art Portugal.