Em noite de reestreia e casa lotada no Teatro Ipanema (22) o projeto Ocupação Rio Diversidade, comemora com êxito seu primeiro aniversário e celebra a diversidade sexual de gêneros.
Sob a batuta da mestre de cerimonias a drag queen Magenta Dawning o espetáculo em seus 4 monólogos, são magnificamente apresentados com excelência.
“Genderless — Um corpo fora da lei” escrito por Marcia Zanelatto e dirigido por Guilherme Leme Garcia, com a performance absoluta de Larissa Bracher.
A atriz nos presenteia com o melhor, e nela podemos entender as minucias do personagem, delicadeza, força e suas escolhas.
Na foto: Os atores Kelzy Ecard, Gabriela Carneiro da Cunha, Thadeu Mattos e Larissa Bracher.
Entre um monólogo e outro, Magenta Dawning nos proporciona elegância e interpretação, com texto inteligente e atual, de sua autoria.
“Como deixar de ser”, escrito por Daniela Pereira de Carvalho e dirigido por Renato Carrera.
Kelzy Ecard surge em cena e nos revela sentimentos secretos, sonhos e incertezas em um cenário que agrada, sua personagem nos rouba para si, sem exageros e nos cativa.
“A noite em claro”, escrito por Joaquim Vicente, dirigido por César Augusto.
A atuação de Thadeu Matos, é impactante e corajosa, desnudo entre facas e escuridão, percebemos dois personagens distintos, o monologo recorda o assassinato de Luiz Antonio Martinez Correa na década de 1980, e o seu algoz.
“Flor Carnívora”, escrito por Jô Bilac, com direção de Ivan Sugahara.
Gabriela Carneiro da Cunha dá leveza a sua personagem, num discurso comédia sobre hermafroditismo das plantas.
Ocupação Rio Diversidade:
Idealização e direção-geral da dramaturga e empresária cultural Márcia Zanelatto.
Em 2013, Márcia Zanelatto esteve em Londres para uma mostra de dramaturgia brasileira, a RedLikeEmbers, no Theatre503. Lá, pôde ver a eficácia da peça curta, pouco usada no Brasil, e do evento temático como propulsor de novas dramaturgias, o que serviu de inspiração para montar uma ocupação LGBTQ.
Produção executiva: Pedro Uchoa, direção de produção: Juliana Mattar e assistência de produção: Glauco Deris.
Considerações:
Projeto Ocupação Rio Diversidade
Para o apreciador teatral o Rio Diversidade é o teatro multifacetado, pois aborda em 4 atos ou como é intitulado monólogos, a apreciação do ser em suas 4 plenitudes, pois aqui percebemos com facilidade a entrega e a cumplicidade de seus interpretes.
Não importando o gênero ou a proposta, em cada ato um teatro, uma apresentação única.
Os cenários não se parecem, passeamos pelo vazio, o escuro, o tablet, as facas, as roupas e somos presenteados com o verde do último monólogo.
Saímos do teatro com o desejo do mais, de mais projetos parecidos, soltos, nos enriquecendo e nos dando aulas de como “ser”, pois estamos falando de textos fortes, de gente grande, de autores, diretores e seus atores, todos gigantes nesse excelente projeto de Marcia (Zanelatto), que não pare jamais!
O teatro é a casa do artista, e a proposta é arrebatadora, de pessoas capazes, nos dando de presente seus textos, criatividade e generosidade.
A Ocupação Rio Diversidade fez temporada em Nova Iorque e São Paulo, e foi indicado ao Prêmio Shell na categoria Inovação e ao prêmio APTR na categoria Especial.
Por Sanny Soares/ Rio de Janeiro
Em seu curriculum passou pela Revista Canal e o jornal O Campista.
Como fotógrafa é membro do renomado site Olhares e Fine Art Portugal.
Um teatro abandonado é adquirido por um casal de líderes religiosos que planeja transformá-lo na…
Dia 22 de outubro de 2024, aconteceu na Casa Julieta de Serpa a comemoração dos…
Bruna acompanhada de seu marido o ator Carlos Alberto Riccelle recebe amigos e fãs para…
BB Seguros apresenta Kafka e a boneca viajante Com dramaturgia de Rafael Primot e…
O WDSF Breaking For Gold acontece nos dias 14 e 15 de abril no Parque…
Douglas Germano e João Poleto assinam a composição que celebra a relação da artista mineira…