Walter do 402, nos conquista/ Crítica
Um homem acerca dele mesmo, Walter do 402 (personagem título) interpretado por Antônio Petrin, nos convence e nos conquista, vemos no personagem um tio, um avô, um vizinho, aquele professor, um pai…
Seu personagem é solitário e ranzinza, avesso às pessoas, pois a sua “proposta” é bolar um jeito de escapar da vida.
Em cenas ao velho sofá, assistindo desenho, ali percebemos seu olhar tramando suas tentativas futuras e até hilárias em suicidar-se.
Em contrapartida num desses esbarrões nos elevadores do edifício em que mora, Walter conhece a sua vizinha Vera (Alcione Mazzeo) e ela solicita e querendo aproximar se é simpática e tenta agradar o vizinho, com os seus bolos, pois moram no mesmo andar…
De nada adianta, pois Walter é ranzinza de carteirinha… A trama é muito bem escrita, pois constatamos diálogos do dia a dia, de quem viu e foi testemunha ocular, não algo longe de nós.
Walter do 402, divide as suas atenções com a portaria, algo que percebemos em nossas rotinas, e as cenas são ótimas!
O elenco é afinado, e a trama nos deixa com aquele “queremos mais”.
Considerações:
Walter do 402 com o enredo de Aquarela do Brasil, nos leva ao melhor de uma deliciosa e terna história.
Vemos simplicidade, vemos diálogos e o melhor rimos!
Seus personagens se ligam e suas histórias se entrelaçam, ora diretamente, ora indiretamente.
Ao porteiro Zezinho a vizinha reclamona, todos coesos e ao final da trama queremos mais…
Nota:8,5
Direção: Breno Ferreira
Roteiro: Breno Ferreira e Bruno Saboia
Edição de Som: Breno Furtado
Mixagem: Alexandre Jardim
Empresa Produtora: Dom 21 Filmes
Crítica por Sanny Soares/ Rio de Janeiro
Walter do 402 representou o Brasil em diversos festivais internacionais
Sanny Soares é editora chefe e fundadora do Cidade da Mídia, fotógrafa, artista plástica e crítica de cinema.
Foi colunista da Revista Canal e do jornal O Campista.
Como fotógrafa é membro do renomado site Olhares e Fine Art Portugal.
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