Wanderléa lança álbum de choros em maio com standards entre música inédita composta para a cantora
Douglas Germano e João Poleto assinam a composição que celebra a relação da artista mineira com o gênero musical carioca.
Em 5 de maio, exatamente um mês antes de completar 79 anos, Wanderléa lança single com gravação inédita de Delicado (1950), baião feito e tocado pelo compositor e cavaquinhista Waldir Azevedo (1923 – 1980) com o espírito de um choro.
Gravado com a adesão do bandolinista Hamilton de Holanda e com a letra escrita por Ary Vieira, parceiro de Waldir no tema, o registro de Delicado pela cantora mineira é o primeiro single do álbum Wanderléa canta choros, gravado em 2021 em São Paulo (SP) e programado para ser lançado em 12 de maio pelo Selo Sesc.
No disco feito pela artista com produção musical de Mario Gil, sob a direção artística de Luiz Nogueira, Wanderléa volta às origens da carreira, já que tinha somente nove anos quando, com o aval do pai, começou a atuar como crooner do Regional de Canhoto – conjunto de choro fundado em 1951 – em shows e programas da Rádio Mayrink Veiga.
No álbum Wanderléa canta choros, a artista interpreta standards do gênero, canta sambas com jeito de choro – como Uva de caminhão (Assis Valente, 1939) e O que vier eu traço (Alvaiade e Zé Maria, 1945), ambos já abordados pela artista em discos e shows – e apresenta música inédita, Um chorinho para Wandeca, composta por Douglas Germano e João Poleto em tributo à relação da cantora com o gênero musical surgido no Rio de Janeiro em meados do século XIX.
“O choro me encantou desde pequena. Quando ouvia Ademilde Fonseca, articulando com extrema maestria a poesia daqueles versos que se encaixavam com perfeição na sonoridade daquele repertório musical, era tudo muito mágico e eu, ainda bem menina, me divertia tentando acompanhar a rapidez poética daqueles versos, dentro do malabarismo e da beleza daquelas lindas melodias. Neste disco de choros de resgate afetivo, realizo um sonho trazendo minha contribuição com autores pioneiros na criação do ritmo”, contextualiza Wanderléa.